domingo, 11 de dezembro de 2011

A Chave de Sarah ou A grande surpresa do ano....



Indicado por uma amiga, assisti nesta tarde "A Chave de Sarah", o filme poderia ter todos os clichês dramáticos de um filme de Holocausto, mas o diretor Gilles Paquet-Brenner opta por guiar o telespectador numa jornada sobre o destino da pequena Sarah, alternando entre os eventos de um passado cheio de tragédia e no presente, o estado de conflito de Júlia. Afinal a jornalista vivida por Kristin Scott Thomas acaba envolvida no segredo da família de seu companheiro.






Adaptado do livro de Tatiana de Rosnay, o filme "A Chave de Sarah" nos revela o que ocorreu na história recente da França, a razia do Velódromo de Inverno.
Em 16 e 17 de julho de 1942, pouco mais de dez mil judeus de Paris e arredores foram presos pela polícia francesa e confinados no estádio de ciclismo.
Ali, em péssimas condições de higiene, esperaram alguns dias até serem enviados a campos de trânsito criados pelo governo colaboracionista de Vichy, de onde foram deportados ao campo de extermínio de Auschwitz.






Júlia acaba descobrindo que a família de seu companheiro "ocupou"o apartamento da família de Sarah, quando em 42, ela e sua família foram encaminhados para o Velódromo, nesse momento somos transportados sem exageros e de forma muito fiel para o que a família de Sarah passou, o irmão mais novo preso no guarda roupa (pois Sarah voltaria para buscá-lo) e contar mais detalhes da trama , seria estragar toda essa viagem .



O que posso dizer que é um dos filmes mais belos sobre culpa, redenção e tragédias familiares, pois os segredos depois de anos acabam por vir à tona.



Havia momentos em que eu gostaria de ver mais Júlia, em sua jornada investigativa. A forma em que as informações começam a fazer sentido, você fica torcendo para que cada pista nos traga o paradeiro/destino de Sarah e por outro lado, ficamos preso a doçura da pequena atriz que dá vida a Sarah e sua sobrevivência nos campos de concentração.



E infelizmente não posso contar mais!