sábado, 31 de maio de 2014

Penny Dreadful

Penny Dreadful!

 Fiquei sabendo do desenvolvimento do seriado ao saber que o diretor  J.A. Bayona,  responsável por O Orfanato e O Impossível, ambos filmes que eu curto demais, estava ligado ao projeto ao terminando a reportagem vi que seu elenco traria Eva Green, Josh Harnett e Timothy Dalton!

É interessante com isso analisar o movimento contrário que o cinema tem feito, agora temos grandes estrelas assinando para minisséries e até mesmo séries de tv. Na disputa pela audiência temos Game of Thrones forjado no padrão HBO, do outro lado após o sucesso do canal FX com American Horror Story, somos brindados com a resposta deliciosamente terrível do canal Showtime:  Penny Dreadful, um nome bem exótico para um seriado.

 E se Jack, o Estripador na Londres vitoriana fosse o Conde Drácula?

Tudo começa com o desaparecimento da filha de um poderoso aristocrata (Timothy Dalton) numa das melhores sequências de abertura feita para a tv é possível que você fique sem piscar por um longo tempo durante todo o piloto. Tendo como sua parceira nesta busca, uma enigmática cartomante (Eva Green- roubando a cena) e um pistoleiro alcóolatra (temos aqui um maduro Josh Harnett) com exímia pontaria pelo submundo sobrenatural onde cadáveres vão se empilhando trazendo cada vez para nós meros espectadores do show um intrincado quebra cabeça com pistas que podem nos levar à Victor Frankenstein, Dorian Gray e até mesmo ao nascimento dos vampiro no Egito!


The 100 - Os Escolhidos



The 100- Os Escolhidos

No meio literário, claramente nos últimos dois anos a distopia foi apresentada à uma nova geração ganhando força no cinema com as adaptações de Jogos Vorazes e Divergente, era inevitável o tema agora chegar a Tv e diga-se de passagem, muito bem embalado! Vamos falar agora sobre The 100 - Os Escolhidos baseado no livro de Kass Morgan.

O piloto tem alto nível de adrenalina,  já que nos apresenta a humanidade vivendo em espaçonaves ao redor da Terra numa junção de doze naves de diferentes nações  a qual chamamos de The Ark , tudo isso após uma guerra nuclear que quase exterminou com o Planeta. Restando apenas três meses de mantimentos,  a única solução dos governantes fica a cargo de enviar 100 deliquentes juvenis de volta à Terra na esperança de ser possível recolonização.

Com um elenco quase que desconhecido que cumpre muito bem sua função, uma trilha sonora caprichada e bons efeitos visuais, a série mostra que tem fôlego para daqui à uns meses se tornar uma das mais comentadas da nova safra.

Já sabemos logo de cara que teremos muitas suspense durante a temporada, como a situação na The Ark – descobrimos as intrigas e luta pelo poder entre os líderes da nave, seus métodos de condenação e o envolvimento de personagens na morte de importantes membros da nave e ainda de quebra vamos descobrindo a verdade sobre os jovens e seus “crimes” e o que os levaram de fato a serem condenados à esta missão “suicida” em solo terrestre.

 

sexta-feira, 30 de maio de 2014

A Melhor Vilã de todas...


Malévola, a melhor vilã de todas...

Uma das coisas que eu mais curto quando um projeto é anunciado, são os nomes que farão parte do mesmo, certos filmes acabam configurando constelações de astros, outros a gente acaba se tocando que dois ou três atores foram colocados apenas para “aumentar a bilheteira” mas depois de assistir Malevóla,  realmente você acredita nas declarações do estúdio – Angelina Jolie, sempre foi a primeira escolha para o papel...

Porém, antes de citar o desempenho da atriz, como escritor tenho que ressaltar o trabalho incrível no roteiro feito por Linda Woolverton, a roteirista pos trás dos sucessos: O Rei Leão, A Bela e a Fera e responsável pela versão “carne e osso” de Alice no País das Maravilhas. Linda conseguiu finalizar um roteiro que inicialmente já havia sido escrito e reescrito por muitas mãos até a Disney bater o martelo e colocá-la à frente da versão final ( Para quem não sabe, Linda já estava envolvida com a parte 2 de Alice – Através do Espelho que estréia em 2016!) Se foi uma ajuda emergencial? Desespero do estúdio em não deixar o projeto naufragar? Eu acredito que foi um toque de fada! E claro uma sábia decisão, afinal A Bela Adormecida, o desenho clássico era cheio de “pequenos-grandes-furos” e mesmo sendo um produto Disney, a oportunidade de reeditar uma mitologia e apresentá-la a uma nova geração (Fiquem atentos!Risos. Afinal vem até um novo Stars Wars por aí.) pode ter sido arriscada, mas é maravilhoso o resultado.

E com isso volto aqui para falar de Angelina, sua criação e dedicação para tornar Malévola em “carne e osso” é um presente para os espectadores, acabamos hipnotizados e torcendo pela vilã! Algo que poderia ter sido desperdiçado nas mãos de outra atriz que com certeza faria risadas histéricas e uma interpretação exagerada.

A Aurora de Ellen Fanning é praticamente a da versão animada, não tenho muito o que falar.

O visual do filme é algo arrebatador, assistam em 3D! Não vou mesmo estragar a surpresa pontuando aqui detalhes do filme, mas existem sequências incríveis feitas pelo, até então diretor de arte Robert Stromberg (que havia sido responsável pelo visual de Alice e Avatar) e que aceitou o desafio da Disney de ficar a frente como diretor do projeto.

PS:
Para quem ainda não sabe, vem aí a versão de Cinderela! Março-2015 Confira o teaser aqui:

X Men : Dias de um Futuro Esquecido

 
 
 
Viagem no Tempo! Sempre foi a grande solução dos roteiristas de ficção científica... Enumere as grandes franquias do cinema e você acabará encontrando este recurso cada vez mais utilizado. E claro sem falar no famoso “reboot” – Batman, Spider man, Robocop...  Mas o que fazer quando o roteiro em questão trata-se de uma das maiores histórias dos mutantes nos quadrinhos e bingo! Viajando no Tempo!
 Após o sucesso épico de bilheteria de Os Vingadores e claro o ótimo X Men- First Class, o estúdio sabiamente optou novamente por “zerar” tudo e trazer para os fãs o melhor filme dos X Men feito até então.
Sim! Arrisco em dizer isso, pois sempre fui fã dos X Men, afinal qual adolescente não gostaria de se descobrir com poderes e entrar na Escola para Jovens Super Dotados do Professor Xavier? Então ao iniciar a sessão, esqueça todos os filmes e se entregue na jornada de nosso heróis lutando agora contra os Sentinelas ( Se você não leu os quadrinhos, lembra-se do desenho que passava na Globo? Aqueles Robôs enormes caçadores de mutantes...)
Bryan Singer dessa vez, teve um desafio ainda maior do que em X- Men 2 afinal ele teve que se tornar um grande maestro e diretor e orquestrar o elenco da trilogia clássica junto ao de X Men First Class, com cenas recheadas de adrenalina o futuro e o presente chegam a dualizar quase que ao mesmo tempo na tela, para delírio dos fãs, cada mutante tem seu grande momento no filme. É surpreendente a forma que tudo vai se conectando para o seu derradeiro final.
Quanto as atuações, desta vez temos um grande conhecido do público e ainda digo, o dono do filme! Peter Dinklage, nosso querido “duende” Tyrion de Game of Thrones desempenhando aqui o criador do Projeto Sentinela - Bolivar Trask. Toda a ação do filme gira em torno de alterar o Ok do Governo na fabricação da arma destruidora de mutantes.
Não irei contar spoilers sobre o filme, mas acredito que diante a este pequeno deste você aí que estava em dúvidas em assistir ao filme, mude de idéia e embarque na maior aventura dos mutantes no cinema!


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Diretoras de Cinema


Enquanto não termino a análise dos filmes baseados nos romances de Nicholas Sparks que foram parar no cinema, hoje estava zapeando em alguns sites de cinema e a ficha simplesmente caiu...
Percebi  que em algumas enquetes sempre focados na pergunta: qual seu diretor favorito?
Isso mesmo diretor, mas peraí Hollywood também tem suas diretorAs, então elaborei esse panorama que merece ser refletido sobre "o poder da indústria" em cima destas grandes mulheres, onde não deve ser fácil lutar por um projeto e ainda mais imprimir na tela seu toque pessoal, no meio da pressão de um estúdio e seus "armanis" do alto escalão.
Vamos começar com a vencedora do Oscar - Kathryn Bigelow.

Na noite em que todos esperávamos Avatar ser coroado junto com seu diretor James Cameron, eis que "Guerra ao Terror" a maior zebra dos últimos anos arrebata os principais prêmios da noite. Na minha opinião é um filme bom, mas não merecedor de todos os prêmios, não passou de um conjunto de cenas onde realmente o nível de adrenalina aumenta no espectador, diante de tantas bombas sendo desarmadas... Mas era Kathryn dirigindo... E vale lembrar que essa dama sabe fazer um grande filme de ação, vocês se lembram de Keanu Reeves no auge, bancando um policial que se infiltra numa gangue de surfistas, isso mesmo " Caçadores de Emoção" marcou época. Agora depois de tanto tempo fora de cena, Kathryn irá retornar com  outro tema polêmico a caçada em que ocorreu a morte de Osama Bin Laden, existe cheiro de Oscar no ar? Sim,  Zero Dark Thirty vem com um elenco digno de indicações e toda aquela aura que um filme aguardado traz naturalmente.
Aproveito para fazer uma observação interessante em cima de Guerra ao Terror - A grande alavancada que deu na carreira de Jeremy Renner , mesma situação que ocorreu com Gerard Butler pós 300.
Jeremy fez simplesmente 10 filmes em praticamente 4 anos. Ainda arrisco em dizer... O roteiro que Gerard Butler não quer Jeremy Renner pega e faz... Rssss.
Vamos falar agora da minha diretora favorita, isso mesmo Catherine Hardwicke.

Uma de suas maiores qualidades foi de ter trazido em sua bagagem como diretora, seus conceitos de design e direção de arte...
Seu primeiro filme como diretora, foi o polêmico retrato da juventude em Aos Treze, repare no elenco - Nikki Reed ( virou a Rosalie de Crepúsculo)- Evan Rachel Wood que despontou junto com Vanessa Hudgens (isso mesmo aquela de High School Music, que tem procurado fazer boas escolhas para se livrar do selo Disney)
Nesse meio tempo após alguns filmes o pequeno até então, estúdio Summit que nada mais era que uma pequena parte da Universal Pictures, a chamou para sua primeira adaptação para o cinema, Crepúsculo, a aposta foi em cima da forma que Catherine abordava os jovens em seus filmes, tendo carta branca, ela foi do visual do filme, direção de arte, escolha de figurino e por fim os atores que hoje se tornaram grandes estrelas. Só que após o sucesso do primeiro filme, Catherine foi demitida pelo estúdio (até hoje não foi esclarecido realmente o porque...) a franquia automaticamente foi repassada para outros diretores, e o estúdio ganhou milhões, tendo também " Presságio" com Nicholas Cage como gerador de lucro.
Catherine praticamente expulsa pelo estúdio, continuou com sua "vibe" visionária e acabou criando o novo filão da indústria cinematográfica - "Uma nova visão dos Contos de Fadas". E dirigiu " A Garota da Capa Vermelha"  uma adaptação de Chapeuzinho Vermelho numa era medieval com grandes segredos guardados num vilarejo. Com o sucesso da adaptação, os outros estúdios criaram: Branca de Neve e o Caçador, Espelho, Espelho meu, Jack e o Caçador de Gigantes (isso mesmo, breve teremos João e o Pé de Feijão revisitado) e João e Maria ( agora adultos e caçadores de bruxas) e claro a série Once Upon a Time.
Precisa dizer mais sobre essa grande diretora?

Uma diretora polêmica à vista... Falando de Kimberly Pierce:
Kimberly surgiu dirigindo Meninos não choram, a cinebiografia de um caso verídico de Brandon Teena,  ou Teena Brandon - um menino que vivia dentro do corpo de uma menina. Hillary Swank arrebatou todos com suas perfomance e ganhou o Oscar de melhor atriz, e no ano seguinte ganhou novamente com "Menina de Ouro".
Após todo o sucesso dirigiu Stop-Loss, filme menos expressivo... E está retornando com o remake de Carrie a Estranha baseado no romance de Stephen King, em algumas entrevistas ela assegura que o final será diferente da primeira versão para o cinema, sendo mais fiel ao livro. Vamos aguardar, o trailler realmente promete!
Aproveito para falar da neozelandesa Jane Campion, alguém aí se lembra da sensualidade de O Piano? Holly Hunter praticamente se prostituindo para tocar seu amado instrumento e redescobrindo o amor nas mãos de um homem rude.
Vale observar como Jane sempre imprimir na tela a força e a sensualidade da mulher ao longo de várias produções sempre de época. Retrato de uma mulher com Nicole Kidman e Brilho de uma Paixão com  Abbie Cornish.

E para fechar, vamos falar da diretora mais patricinha de Hollywood: Sofia Coppola
Sendo filha de Francis Ford Coppola, não é de se admirar que com uma curta carreira como diretora, já conseguiu as portas abertas e acesso aos grande estúdios.
Mas analisando seus filmes, é interessante observar que são projetos bem pessoais, geralmente com sua experiência por ter crescido no meio dos holofotes - nesse caso temos: " Encontros e Desencontros" com Scarlett Johanson perdida no Japão e " Um Lugar Qualquer" com John Cusack.
Seu grande sucesso na minha opinião foi a cinebiografia de Maria Antonieta com Kirsten Dunst desabrochando num papel sensual e ao mesmo tempo inocente, mostrando segurança no papel, Kirsten conseguiu emergir dos filmes pipocas, participando de vários filmes independentes até cair nas mãos de Lars Von Trier e seu Melancholia, vale ressaltar que com esse projeto, repetiram a parceria, afinal o primeiro filme de Sofia Coppola foi As Virgens Suicidas, em que Kirsten estrelava.

E sua diretora favorita? Amigo leitor, ficou faltando alguma diretora? Deixe aqui seu comentário!



sábado, 17 de março de 2012

Best Sellers. Um texto sobre os temas mais vendidos nos últimos anos.




Sempre fui um leitor dedicado, mais acho que isso veio como uma herança genética de minha mãe, não só o amor aos livros, mas também o amor ao cinema. Gosto de rir ao lembrar dos fatos em que eu era ainda levado em sua barriga e "assisti" a clássicos do cinema em seu ventre ou sentia junto com ela a emoção de ser transportado pelo mundo da leitura.
Isso comigo ficou latente anos depois, ao ter contato com o universo de Harry Potter, quando comecei a ler já havia sido lançado o 2º volume. Rapidamente tive a oportunidade que todo fã da série sabe bem o que é, de ler um livro atrás do outro, mas com isso também veio a espera... O surgimento de cada volume, um verdadeiro evento literário... E então entre outros livros pelo meu caminho, surgiu a a oportunidade que todo leitor sonha! Trabalhar numa livraria.
Posso dizer que sou uma pessoa de sorte, ter testemunhado nos últimos anos o surgimento de grandes livros, editoras e temas fortes que encabeçaram as listas. E a partir daqui, convido vocês, leitores queridos a relembrar tudo isso e discutir (afinal deixe seu comentário ao final deste texto) os livros que passaram a definir as listas dos mais vendidos, os assuntos polêmicos que renderam na mídia e o melhor de tudo isso, as melhores histórias que pude ler nos últimos anos.
O Código da Vinci, Dan Brown e os segredos da Igreja Católica. Lançado através da editora Sextante, o thriller histórico foi um grande fenômeno de vendas. Um suspense em que erámos levados até as obras de Leonardo Da Vinci e confrontados com a verdadeira herança deixada por Jesus. Numa grande aposta literária a Sextante saiu na frente e fez bonito, além do Código, tivemos acessos as outras obras do autor e sempre polêmico, continuou declarando que a Igreja Católica ainda guarda muitos segredos. Anjos e Demônios, Fortaleza Digital e Ponto de Impacto conquistaram a todos com seus ritmos de leitura ágil e personagens cativantes.
E logo após o sucesso de vendas, a Sextante surgiu com outro tema interessante. Liderança. Algo muito discutido até o presente momento, O Monge e o Executivo trouxe uma verdadeira discussão sobre novos paradigmas, o que é ser lider e o mais importante saber liderar uma equipe valorizando a todos. Como um tema vai puxando outro, porque não ir até o ponto de origem?
Jesus o maior psicólogo que já existiu, veio responder a tudo isso, logo outras editoras começaram também a trazer à tona vários temas sobre o filho de Deus.
Vale lembrar aqui os bons livros de Augusto Cury (médico, psiquiatra e psicoterapeuta - sua série Análise da Inteligência de Cristo, O Futuro da Humanidade, Pais Brilhantes, Professores Fascinantes entre outros chegaram ao topo da lista, trazidos também pela Sextante. Sua forma franca de falar com o leitor, simplesmente faz com que você seja arrebatado logo nas primeiras páginas.
Então outro assunto surgiu, o de finanças pessoais, o tema marcou uma série de livros, afinal todos nós queríamos o segredo do sucesso de grandes investidores, o topo foi marcado por Os Segredos da Mente Milionária, com isso o mercado editorial se viu mobilizado a dar também a sua versão do fato, seria então marcada a chegada de The Secret - O Segredo, o livro que narrava o sucesso através da lei da atração rapidamente começou a disputar a atenção do público, vale lembrar que este livro também trouxe suas variações sobre o tema de "pense e atraia a riqueza até você".
E então apareceu um livro de ficção,uma capa misteriosa e um dos meus favoritos até hoje! E com isso uma editora foi alçada ao topo, A Menina que Roubava Livros, a comovente história de Liesel fez com a editora Intrínseca deslanchasse no mercado, a editora já havia lançado o livro de Lolita Pille ( uma rica francesinha que contava o dia a dia das patricinhas com drogas e amores casuais - vale lembrar que logo surgiu Gossip Girl para disputar a atenção) e também A Miscelânea Original de Schott mas foi com Liesel que tudo fez a diferença.
Nesse meio tempo Khaled Hosseini lança O Caçador de Pipas, um livro que chegou na loja sem muita informação e como A Menina que Roubava Livros, conquistou o forte boca a boca como propaganda e definidor de compras, logo todos os olhares do público se voltaram para histórias sobre o Afeganistão e suas mulheres. Com isso tivemos também seus variantes, O Livreiro de Cabul, Mulheres de Cabul e até mesmo do próprio Khaled - A Cidade do Sol.
O forte fascínio do público por uma cultura totalmente diferente do ocidente, fez com que outra linha de romances se tornasse famosa, a linhagem de castas na India, com isso Paixão India e A Distância entre Nós fez com que todos pudessem se emocionar.
E com isso veio uma outra onda na literatura, Marley & EU definiu bem isso, inúmeros livros de animais de estimação e suas histórias com seus donos sempre narradas de forma emocionante e com superação marcaram as listas De Bagdá com muito amor foi o concorrente mais direto, mas até hoje ainda surge um livro sobre o tema.
Outro tema interessante foi o que 1808 trouxe as listas dos mais vendidos , os bastidores da Família Real no Brasil, tudo de forma bem humorada, descortinou muitos segredos e mitos que até então a população brasileira desconhecia, vale lembrar que este também trouxe muitos livros sobre o tema.
Aproveito para lembrar que o mercado também recebeu inúmeras Biografias. O lançamento polêmico da bio de Roberto Carlos através da editora Planeta e seu recolhimento, Vale Tudo de Tim Maia que hoje ganhou os palcos do teatro, Maysa, Roberto Marinho, Clara Nunes.
A onda de nostalgia fez com que os Almanaques também virasse febre: Almanaque dos Anos 80 foi o primeiro a inaugurar esta fase e claro seus variantes como o da TV, Quadrinhos, Lingua Portuguesa, Curiosidades.
E assim os leitores foram conquistados pelo Guiness - Livro dos Recordes, que marcava o Natal de cada ano com suas edições disputadíssimas pelos adolescentes.
E então foi lançado A Cabana, através da editora Sextante, o livro rapidamente foi para o topo da lista e permaneceu por muito tempo, sem ter um livro à altura para derrubá-lo, afinal todos ficaram envolvidos pela emocionante trama que trazia um grande questionamento - se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento? Perfeito e indico a todos.
O último Harry Potter havia sido lançado e até então, nenhum outro título havia conquistado de forma tão instantânea os adolescentes e o público em geral, eis que numa grande cartada a Intrínseca lança Crepúsculo a saga de Bella e Edward logo conquistou seu lugar nas listas, chegando até o lançamento do último volume por vezes aparecer em lugares alternados nela.
Tramas com vampiros e lobisomens tiveram vários livros, mas nenhum conseguiu chegar até onde esta a Saga conseguiu.
Nesse meio tempo chega ao mercado Rick Riordan e sua Mitologia Grega revisitada em Percy Jackson e o Ladrão de Raios, logo o formato série de livros foi conquistado pelo público que já aguardava cada volume com grande ansiedade.
Vale lembrar que o ótimo Eu Sou o Número Quatro também fez diferença no cenário literário.
Na onda de seres fantásticos surgiu o tema amor entre anjos e humanos, nesse quesito temos a série Hush Hush Sussuro, Alisson Noel também marca sua chegada falando de vidas passadas e amores impossíveis aos jovens.
E o gênero medieval deixado lá atrás pela trilogia Senhor dos Anéis ganhou força quando a HBO resolveu adaptar o primeiro volume da série "Guerra dos Tronos" a série foi lançada aqui de forma bem rápida já estamos no 3º volume num pequeno espaço de tempo. Ressalto aqui a coleção O Nome do Vento da editora Sextante que já se encontra no 2ºvolume.
A morte de Steve Jobs marca uma série de inúmeros lançamentos no mercado editorial, todos focados em sua vida, seu legado.
Já o sucesso e a visão empreendedora de Eike Batista, faz com que a Sextante crie o selo Primeira Pessoa para lançar uma das biografias mais vendidas no mercado.
Nicholas Sparks ou como eu costumo chamá-lo o Manoel Carlos USA, seus livros se tornaram fenômeno editorial, marcando uma fase de muito romance nas listas dos mais vendidos, muito se deve ao sucesso de adaptações da grande maioria deles no cinema. O meu favorito aqui dos filmes é Diário de uma Paixão, vale lembrar que o novo livro já teve seu lançamento aqui no Brasil, antes mesmo de se tornar filme, a Sextante lança o Melhor de Mim.
E chegamos ao final deste texto, hoje a cena literária está marcada pelo tema Sociedade Distópica, para esclarecer melhor a trama sempre se passa em uma sociedade futurista, com um regime cruel e subversivo, protagonistas sempre confrontados em escolhas, bem desenhado em Cidade da Penumbra de Lolita Pille - Editora Intrínseca , mas porque não contar a origem deste tema? George Orwell- 1984.
Variantes nesse tema: Jogos Vorazes de Suzane Collins , Feios de Scott Westerfeld e Delirium de Lauren Oliver.
E você, qual tema aqui te conquistou durante estes anos?

domingo, 11 de dezembro de 2011

A Chave de Sarah ou A grande surpresa do ano....



Indicado por uma amiga, assisti nesta tarde "A Chave de Sarah", o filme poderia ter todos os clichês dramáticos de um filme de Holocausto, mas o diretor Gilles Paquet-Brenner opta por guiar o telespectador numa jornada sobre o destino da pequena Sarah, alternando entre os eventos de um passado cheio de tragédia e no presente, o estado de conflito de Júlia. Afinal a jornalista vivida por Kristin Scott Thomas acaba envolvida no segredo da família de seu companheiro.






Adaptado do livro de Tatiana de Rosnay, o filme "A Chave de Sarah" nos revela o que ocorreu na história recente da França, a razia do Velódromo de Inverno.
Em 16 e 17 de julho de 1942, pouco mais de dez mil judeus de Paris e arredores foram presos pela polícia francesa e confinados no estádio de ciclismo.
Ali, em péssimas condições de higiene, esperaram alguns dias até serem enviados a campos de trânsito criados pelo governo colaboracionista de Vichy, de onde foram deportados ao campo de extermínio de Auschwitz.






Júlia acaba descobrindo que a família de seu companheiro "ocupou"o apartamento da família de Sarah, quando em 42, ela e sua família foram encaminhados para o Velódromo, nesse momento somos transportados sem exageros e de forma muito fiel para o que a família de Sarah passou, o irmão mais novo preso no guarda roupa (pois Sarah voltaria para buscá-lo) e contar mais detalhes da trama , seria estragar toda essa viagem .



O que posso dizer que é um dos filmes mais belos sobre culpa, redenção e tragédias familiares, pois os segredos depois de anos acabam por vir à tona.



Havia momentos em que eu gostaria de ver mais Júlia, em sua jornada investigativa. A forma em que as informações começam a fazer sentido, você fica torcendo para que cada pista nos traga o paradeiro/destino de Sarah e por outro lado, ficamos preso a doçura da pequena atriz que dá vida a Sarah e sua sobrevivência nos campos de concentração.



E infelizmente não posso contar mais!